segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Alcoolismo

Depois de conhecer o que é o álcool, de onde vem e como age no corpo, podemos compreender o alcoolismo, que é não apenas uma doença, mas vários problemas relacionados ao uso constante, excessivo e a longo prazo de bebidas alcoólicas.
Sendo o alcoolismo um conjunto de problemas que afetam as pessoas que bebem constantemente, não há um diagnóstico para ele, mas sim para seus sintomas, que depois serão relacionados com a bebida, alguns termos utilizados para caracterizar o consumo excessivo de álcool são:

Dependência: O ato de depender da bebida para ter momentos de prazer e felicidade, pode ser física ou psicológica, ou seja, pode gerar problemas no nosso corpo (como a tremedeira, insônia, náuseas, distúrbios sexuais e até dores pelo corpo) ou na nossa mente (em alucinações,ansiedade e na clássica depressão).

Abstinência: Quando uma pessoa é dependente do álcool, ficar sem ele é como tortura, para os dependentes, a abstinência é o período sem o consumo de álcool, que irá desencadear os problemas físicos ou psicológicos ditos anteriormente.

Abuso do álcool: Pessoas que não são necessariamente alcoólatras, mas frequentemente bebem demais e causam problemas a outros.

Um alcoólatra é dependente e tem crises de abstinência. A início todos dizem que podem parar quando quiser, por isso é difícil o diagnóstico do alcoolismo, a pessoa nega que depende da bebida e quando os sintomas começam a aparecer já é difícil escapar, por isso o mais importante é a pessoa reconhecer o estado de alcoólatra e ela própria lutar contra isso.




Origem do álcool


        O álcool, que deve ser tão antigo quanto a própria humanidade, é consumido pelo homem desde sempre. De fato, a fermentação da fruta nunca foi um grande mistério, pelo que os primatas sempre conseguiram produzir leves intoxicações mediante este processo. Nas diferentes civilizações, o consumo do álcool começa a assumir particular saliência a partir da revolução neolítica, altura em que se inicia uma produção mais sistemática de matérias primas (cevada e frutas) e se verifica um avanço nas tecnologias de fermentação.
O hidromel (mistura fermentada de água e mel) e a cerveja são consumidos há milhares de anos. Um texto datado de 3000 anos antes de Cristo, que descreve os gastos de uma família asiática, faz já uma alusão clara a este consumo: “pão e cerveja para um dia”. De 2200 antes de Cristo foram encontradas peças que nos mostram que as mulheres em estado de aleitamento eram incentivadas a beber cerveja. Existem ainda registos que relatam que Hamurabi, um rei babilónico, amparava as pessoas que bebiam cerveja ou vinho de palma e dava ordens de execução aos taberneiros que adulterassem a qualidade das bebidas. Os antigos egípcios, que tinham destilarias há já cerca de seis mil anos, prestavam culto a Osíris como forma de agradecimento pela dádiva da cevada. Por sua vez, os gregos que transferiam esse mesmo culto para Dionísio, tinham por hábito oferecer bebidas alcoólicas a deuses e soldados, utilizando-as também como facilitadoras de relações interpessoais, nomeadamente nos symposia (banquetes com fins recreativos e para discussão de ideias filosóficas e políticas). Os romanos agradeciam a Baco a criação do “vinho divino” e ofereceram um forte contributo para a regulação da produção de vinho e a sua divulgação em toda a Europa. O vinho tornou-se num fenômeno universal, o qual é visível pela proliferação da taberna – local onde era mantida uma reserva de bebidas alcoólicas para serem consumidas nesse mesmo lugar e que assumia também um papel de relevo a nível das relações e atividades públicas.
         O álcool desempenha também um papel importante a nível da religião. Na bíblia, por exemplo, existem inúmeras alusões ao vinho. No entanto, o recurso constante ao vinho em cerimónias religiosas não se encontra exclusivamente no Cristianismo, estando generalizado aos Aztecas, à religião familiar chinesa, ao hinduísmo, ao bantu e por aí fora. A excepção à regra encontra-se em religiões como o Islão, que restringem ou proíbem o seu consumo.
        A destilação de bebidas deve-se aos árabes, também responsáveis pela introdução deste processo na Europa. No entanto, foram os cristãos mediterrânicos quem liderou o desenvolvimento industrial da produção partir do século XII. Só no século XIV é que esta tecnologia, já perfeitamente desenvolvida, tem implantação no resto da Europa.
Durante toda a Idade Média, o álcool esteve intimamente associado à saúde e bem-estar sendo conhecido pela designação de aqua vitae. Só em fins do século XVI é que adota a atual terminologia, a qual etimologicamente tem origem na palavra grega alkuhl que se refere ao espírito que se apodera de todo aquele que se atreve a abusar dos produtos fermentados.
       O álcool torna-se num importante produto comercial aquando das trocas com as colônias, oferecendo largos lucros aos seus comerciantes, o que também é explicado pela natureza estável dos produtos destilados europeus (aguardente, rum, genebra em especial), os quais não sofrem deterioração com as distâncias a serem percorridas nem com o tempo. Progressivamente, estes produtos começam a substituir as produções locais de fermento, o que faz com que os destilados se convertam num dos primeiros mercados mundiais (século XVII).
A revolução industrial do século XIX abre caminho para uma ainda maior expansão do mercado dos destilados, contribuindo consequentemente para um aumento notável do seu consumo, o qual é acompanhado pelo aumento de problemas relacionados com estes produtos. É neste contexto que surgem as leis de proibição dos anos 20 nos Estados Unidos e as campanhas de prevenção, a partir dos anos 60, em países desenvolvidos.

Fonte: http://www.psicologia.pt/instrumentos/drogas/ver_ficha.php?cod=alcool

domingo, 28 de agosto de 2011

Por que ficamos bêbados?

Porque ingerimos bebidas alcoólicas.
Mas por que elas nos deixam embriagados?
Pois essas bebidas agem em nossos cérebros, o álcool atinge os neurônios em estágios, confundindo o modo como eles utilizam 3 componentes químicos: a serotonina, dopamina e o GABA.
Nos nossos neurônios existem os neurotransmissores, que ficam passando de um neurônio a outro todo momento carregando informações, essas 3 substâncias afetadas pelo álcool são neurotransmissoras.
A serotonina tem diversas funções, entre ela a liberação de alguns hormônios de excitação e alegria, que com o álcool agindo sobre ela é aumentado, já o GABA, quando afetado pelo álcool faz diminuir a ação do cérebro e o problema se encontra quando a dopamina é atingida, pois aí a coordenação motora é afetada.
Agindo sobre esses neurotransmissores, o álcool debilita nossas emoções e movimentos, a esse estado se dá o nome de embriaguez (quando uma pessoa está bêbada).

Álcool etílico ou etanol

Como explicado no post anterior, o álcool contido nas bebidas é o etanol (álcool etílico).
Esse álcool pode ser produzido por dois métodos diferentes:

-Através da fermentação de frutas ou mistura de grãos
Por isso existem as chamadas bebidas fermentadas, seu álcool é obtido da fermentação de açucares. O álcool da cachaça vem da cana-de-açucar, o malte faz uísque, cevada é utilizada na produção de cerveja, assim como as uvas para fabricar o vinho.

-Destilação de frutas ou mistura de grãos fermentados
Esse álcool está presente nas bebidas destiladas, que contém uma maior porcentagem de teor alcoólico. Com o processo de destilação, é extraída de uma substância já fermentada seu álcool, bebidas mais "fortes" são geralmente destiladas, como a cachaça, vodca, gim, tequila, licor, rum, entre outras.


O que é álcool?

Afinal, o que é o álcool? Uma bebida? Droga? Comida? Só isso mesmo?
Existem diferentes tipos de álcoois, cada um com finalidade e nome diferente. Para ser chamado de álcool a substância deve conter em sua estrutura molecular um grupo OH, ou seja, qualquer substância que possuir esse grupo é um álcool.
O mais conhecido é o álcool etílico (etanol) que será o principal assunto do blog, esse é o álcool encontrado nos vinhos, cervejas e bebidas destiladas.
São álcoois também, por exemplo, a glicerina (1,2,3-propanotriol) usada hoje em dia nos cosméticos, em pomadas, xaropes, e antigamente como combustível para lampiões. O metanol, usado na fabricação de tinturas, combustíveis especiais e plásticos. O propanol (isopropanol), usado na fabricação de acetona, sabão e soluções anti-sépticas .
Portanto não pense que só existe um tipo de álcool, aquele da bebida e do combustível, diversos produtos do nosso dia a dia contém álcool na sua estrutura molecular.

Etanóis!

Esse blog é criado com objetivo de trazer informações úteis e interessantes sobre o álcool etílico (etanol) , onde ele está presente, seus efeitos, usos e muito mais, com uma linguagem rápida e fácil de entender.